Não há dúvida de que as manifestações que tomaram conta do Brasil a partir de 10 de junho se impõem como um fato de relevância na história do país. Algo que por sua grandeza e intensidade não só pede reflexão, mas aponta a clara necessidade de reformulação no encaminhamento político da organização social e da administração pública
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Também fiz a minha reflexão e ao apreciar as fotos lembrei do emblemático lenço palestino lançado por Nicolas Ghesquière em sua antológica Coleçao de Outono 2007, para Balenciaga. Parecia que os jovens estavam no mesmo clima da coleção.
Além do lenço usado como proteção, a sobreposição das roupas e as máscaras brancas, usadas pelos jovens em protesto, remetem àquela visual que até hoje influencia o cotidiano das pessoas -veja-se as bancas de camelôs em qualquer parte do mundo.
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O blazer clássico usado de forma irreverente e em combinação inusitada de cores é também contestatório. |
O uso do lenço palestino permaneceu e a cada ano surgem novidades com as estampas e cores da moda, mas a função continua a mesma. É um signo que abriga. |
Quais seriam, agora os rumos que a Moda está indicando? Faço pesquisas, leio as revistas Vogue,analiso as matérias assinadas por Costanza Pascolato e identifico duas expressões vigorosas :
O retorno triunfal do PUNK, confirmado na recente exposição do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art , em Nova Iorque, intitulada Do Caos à Alta Costura;
Escapismo no clima de celebração do Grande Gatsby em versão contemporânea de Baz Luhrmann. Os vestidos de festa deslumbrantes materializam a overdose de brilho e glamour que movimenta a indústria do luxo.Nas lojas femininas de todos os níveis há uma oferta surpreendente de vestidos brilhante, bordados , efuziantes, com seus improváveis sapatos.
Há porém um agravante, a Daisy Buchanam ( Carey Mulligan) de agora é mais canalha que aquela protagonizada por Mia Farrow.