
Para quem não sabe , o nome vem da Princesa Grace Kelly, que elegeu o modelo como um de seus preferidos. Originalmente, era apenas uma bolsa muito bemfeita e discreta, de acordo com a elegância genuína de Grace.
Nos dias de hoje, o marketing de luxo a elevou à categoria de objeto de desejo e símbolo de status- custa em torno de 4700 euros - coisa de 14000 reais.
Ao ver a foto e ler a notícia minha primeira reação foi negativa e concordei com a colunista Anna Ramalho do Jornal do Brasil - quem ainda teme a revolucionária dos anos 70 pode ficar tranquilo. Não se usa uma Kelly impunemente.
Porém, em seguida olhei com atenção a face da Ministra, abatida pelos tratamentos a que tem se submetido, usando peruca, sem cabelos portanto, e me dei conta de que, se eu estivesse no seu lugar, talvez não resistisse à promessa de glamour, embutida na tal bolsa. Em situações de baixa auto estima o ser humano se desconhece.
Já acompanhei minha irmã em situação semelhante, e lembro do dia em que ela resolveu comprar a televisão mais moderna disponível no mercado. Apesar da pouca resistência física, mostrou uma energia extraordinária até encontrarmos o modelo idealizado. Em homenagem à ela, Maria Clara de Almeida é que me pronuncio.
A rigor, não nos compete opinar sobre escolhas tão pessoais .
Em seu editorial de 31 de julho, Glória Kalil comenta a gravidez de Gisele Bündchen e com sua habitual elegância declara -Pessoas famosas devem ter direito à privacidade também. Elas não têm que ser atacadas e agarradas porque uns e outros acham que ela tem que pagar pela notoriedade. Como eu disse no livro “elas não têm que pagar nada. Já pagam com seu trabalho, sua beleza, seu talento, seus ensaios.
http://chic.ig.com.br/materias/514001-514500/514235/514235_1.html
Desculpem-me as queridas amigas que mandaram mensagens sobre a tema , mas me sentiria leviana se concordasse com o ponto de vista da jornalista Anna Ramalho.